terça-feira, 16 de outubro de 2007

Coração de criança!





Era um dia como outro qualquer, porém não para minha mãe, que estava com a barriga quase saindo pela boca, que naquele momento respirava com a ajuda do nariz, pois o nariz não o fazia por inteiro.

Era primeiro de maio de 1988, e naquela madrugada minha mãe daria a luz a uma menina com três quilos quatrocentos e cinqüenta gramas, já com vários fios de cabelo negros e que concentrou toda a sua pequena força em um choro estridente como quem dizia que acabava de chegar ao mundo.
Passou o tempo e cresci, não muito, mas o suficiente para ser forte e saber enfrentar as adversidades da vida.

Muitas travessuras aprontei, várias provações passei, mas atravessei todas com toda aquela super força que, acredito, nasci com parte dela e outra parte adquiri com o tempo. Pintei, pulei, brinquei de bonecas, esconde-esconde, pega-pega. Subi em árvores e delas cai, desci escadas e delas “bolei’, andei de patins e com eles quebrei um dente. “Amigo traiçoeiro”, pensei. Acampei, tive muitos amigos com quem compartilhei momentos importantes para meu aprendizado enquanto criança.Cai, chorei,levantei. Sorri, entristeci, corri,corri como quem corre atrás de algo que até então não sabia do que se tratava. Menti, mentirinhas de criança, tudo na inocência...mas que coisa feia!

A praia, “minha maior curtição de amor”,como dizia Cazuza. Castelos sobre a areia, água, sol, sereia. Sereia? Criança pode, imaginação, vale até falar sozinha. Contava minha mãe muitas histórias que aguçavam ainda mais minha imaginação. Principalmente histórias de quando ela era pequena. Só dormia o sono da beleza quando ouvia suas histórias, de uma época que eu nem sonhava em nascer. Momentos estes que vivia intensamente como se aquelas histórias fossem as ultimas que ouviria. Então dormia, serena e com o semblante de uma pureza que só crianças possuem.

Desenhos, momentos de êxtase, aqueles desenhos me inspiravam. Os “Power Rangers” então, queria ser a rosa. Todas as meninas o queriam ser. Porém quando entrou a ranger amarela negra, mudei, queria ser a amarela. Escola, recreio, momentos de alegria, falava em diretoria, corria! Nunca minha mãe foi chamada a atenção na escola, era estudiosa e os professores me adoravam. Sentada na frente cumpria meu papel de estudante exemplar. Orgulho para minha mãe.

Assim se deu minha infância, alguns constrangimentos, momentos difíceis, algumas privações, porém sempre feliz. Quem dera eu continuar para sempre com aquela singela e linda pureza do meu coração de criança.

3 comentários:

Monique. disse...

aamigaaa...tu virou escritora!!
ta massa!!...
agora falta o restante da tua vida.. escreva a parte + legal q foi qndo eu entrei nela..\o/
hihiih...
bjussssssss

Anso disse...

oi amor!!! esse é um momento feliz, pois é um dos primeiros passos que podem ser vistos por todos, passos daqueles que definem o que vc é e o que irá ser... espero ler sempre e muito esse seu blog!!!
te amo muito d+...

Unknown disse...

Miga!!!
Saudade de ti é grande!
Aparece um dia lá em casa!!!
Um beijos!!!!